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"SUA PRESENÇA É O MOTIVO DO NOSSO GRUPO, COMPAREÇA"

domingo, 19 de agosto de 2012

Reunião 16/08/2012


Na última reunião do nosso grupo, atendendo a sugestão de uma de nossas colegas conversamos sobre relacionamento de pais com filhos adolescentes. Sincronicamente recebi o texto abaixo no dia seguinte e acredito tenta tudo a ver com nossa reunião.
Leiam e reflitam!


O Pedido de Uma Criança a Seus Pais

Não tenham medo de serem firmes comigo.
Prefiro assim.
Isto faz com que eu me sinta mais seguro.
Não deixem que eu adquira maus hábitos.  Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.
Falem e usem comigo com educação e aprenderei como devo fazer dentro e fora de casa.
Leiam, cantem e sorriam pra mim e aprenderei a ser feliz.
Fiquem atentos ao meu estudo e não façam minhas tarefas, assim ficarei preguiçoso e nada produzirei.
Não me corrijam com raiva, nem na presença de estranhos.
Aprenderei muito mais se me falarem com calma e em particular.
Sempre me falem a verdade e sejam honestos em seus sentimentos, assim aprenderei a ser uma boa pessoa quando crescer.
Não me protejam das consequências de meus erros.
Às vezes eu preciso aprender pelo caminho áspero.
Não levem muito a sério as minhas pequenas dores.
Necessito delas para poder amadurecer.
Não me estraguem.  Sei que não devo ter tudo o que peço.
Só estou experimentando vocês.
Me satisfaço com coisas simples.
Não precisa gritar comigo para que eu ouça vocês. O grito separa os nossos corações.
Não sejam irritantes ao me corrigirem.
Se assim o fizerem, eu poderei fazer o contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois.
Lembrem-se que isto me deixa profundamente desapontado.
Não ponham à prova a minha honestidade.
Sou facilmente levado a dizer mentiras.
Não me apresentem um Deus carrancudo e vingativo.
Isso me afastaria d’Ele.
E só me apresentem a Deus se vocês conviverem com Ele.
Senão, isso me tornará incrédulo.
Não desconversem quando faço perguntas, senão serei levado a procurar respostas na rua todas às vezes que não as tiver em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas infalíveis.
Ficarei extremamente chocado quando descobrir um erro em vocês.
Não digam simplesmente que meus receios e medos são bobos ou não existem. 
Ajudem-me a compreendê-los e vencê-los.
Não digam que não conseguem me controlar.
Eu me julgarei mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade.
Lembrem-se que eu tenho meu próprio modo de ser e pensar.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam.  
Isso irá criar em mim, mais cedo ou mais tarde, o espírito de intolerância.
Não se esqueçam que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo.
Não queiram ensinar tudo para mim.
Não tenham vergonha de dizer que me amam.
Eu necessito desse carinho e amor para poder transmiti-lo a vocês e aos outros.
Não desistam nunca de me ensinarem o bem, mesmo quando eu parecer não estar aprendendo.
Insistam através do exemplo e, no futuro, vocês verão em mim, o fruto daquilo que plantaram.
Não existe fórmula para a criação de um filho, mas pense!
Duas doses de amor e uma de educação é um bom começo.
O EXEMPLO não é a melhor forma de educar seu filho, ele é a única.

                                                                                                                               Autor desconhecido.

Reunião 09/08/2012


Você reconhece quando chega a felicidade?

Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração.
Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco para responder. Pense de novo.
Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da Felicidade diria mais ou menos o seguinte: ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muita tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja super feliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.
É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz?
Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?
Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso, aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade.
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo – não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz por mais tempo.
Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.
Ana Paula Padrão (adaptado)
Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012.